Excerpt G:

Rumo a Uma Teoria Completa de Energias Sutis

Ken Wilber

Notas Explicativas

1 Em resumo, cada onda de probabilidade na matriz AQAL possui tanto consci�ncia interior quanto forma e massa-energia exteriores, e estas formas exteriores varrem o espectro desde massa-energia bruta a massa-energia sutil, at� massa-energia causal (com g�neros e esp�cies como gravitacional, nuclear, et�rica, astral, ps�quica, etc. [vide abaixo]). Obviamente, cada h�lon tamb�m tem dimens�es culturais e sociais, e a dimens�o social - ou a dimens�o interobjetiva, a dimens�o da forma coletiva - tamb�m tem seus campos coletivos de energia, mas novamente, estamos aqui focalizando h�lons individuais.

Esta caracter�stica de "massa-energia" do h�lon explica por que as tradi��es freq�entemente se referem a estes aspectos como corpos com energias reais - isto �, alguma forma ou tipo de "mat�ria" (bruta, sutil, causal) com sua energia correspondente (tal como "corpo bruto, corpo sutil, corpo causal"); estes corpos s�o os suportes de mat�ria-energia para os v�rios estados de consci�ncia. Deste modo, estas tradi��es (por exemplo, o Vedanta e o Vajrayana) incluem especificamente AMBOS: uma mente ou componente de consci�ncia e um corpo ou componente de mat�ria-energia, e afirmam explicitamente que n�o se pode ter um sem o outro. Poder�amos resumir assim: cada consci�ncia interior ou "mente" (QSE) � sempre insepar�vel de sua energia correspondente ou "corpo" (QSD): da�, corpo-mente bruto, corpo-mente sutil, corpo-mente causal.

Numa estrutura AQAL, temos o seguinte: existe uma ocasi�o real dada, ou um h�lon individual dado. Visto do exterior, este h�lon tem uma forma ou padr�o discern�vel; � uma unidade m�rfica. Estas formas n�o s�o meramente limitadas a formas brutas. No estado de sonho, por exemplo, voc� pode ver todos os tipos de entidades, coisas, eventos, ilumina��es, imagens de pessoas, e assim por diante. Estas n�o s�o formas brutas, elas s�o formas sutis - mas, de qualquer modo, formas; elas s�o o quadrante superior direito no estado de sonho.

Na evolu��o, formas num n�vel particular de complexidade bruta assumem um padr�o de energia correspondentemente complexo: quanto maior o grau de complexidade, mais sutil a energia correspondente. Este espectro de mat�ria-energia � o quadrante superior direito, que vai da massa-energia bruta para a sutil, at� a causal (com todos os tipos de subesp�cies - eletromagn�tico, et�rico, astral, etc.).

Mas mat�ria, forma e energia s�o como o h�lon individual se apresenta do exterior. Toda energia � uma vers�o de frequ�ncia por intervalo de tempo (ou espa�o por tempo) - isto �, a pr�pria energia � essencialmente da dimens�o "isso". Mas os interiores dos h�lons n�o s�o experimentados como ciclos por segundos, ou possuindo um comprimento de onda de 6 m�crons, ou repetindo 2.000 vezes por segundo. Essas s�o todas condi��es de terceira pessoa da dimens�o "isso" - uma dimens�o muito real (isto �, o QSD). Os interiores n�o consistem de ciclos por segundos ou espa�o com extens�o, mas sim de sentimentos com inten��o, experi�ncias com emo��es v�vidas, conscientiza��o vivenciada, consci�ncia sentida (isto �, o QSE). Quando uma pessoa diz, "eu estou ficando sem energia," ela quer dizer que est� ficando sem inten��o, n�o ficando sem extens�o.

� claro que os estados de energia do corpo (bruto, sutil, ou causal) podem ser realmente sentidos, mas os sentimentos s�o apreens�es interiores, n�o formas exteriores. Em todo h�lon existem ambos - sentimentos e formas - mas � importante n�o confundi-los. O que podemos chamar de materialismo sutil (ou a redu��o de toda a consci�ncia interior a energias sutis exteriores) � t�o comum quanto o materialismo bruto (a redu��o de toda a consci�ncia interior a energias brutas exteriores).

Por esta raz�o, resumimos assim: na evolu��o, quanto maior o grau de complexidade bruta (no QSD), mais sutil a energia correspondente (no QSD) e maior o grau interior de consci�ncia (QSE) - e nenhum deles pode ser reduzido aos outros.

2 Isto significa que os estados e/ou est�gios mentais ou do QSE - como o meme vermelho, o meme azul, est�gio moral 4, conop, e assim por diante - teriam suas pr�prias impress�es digitais micro-energ�ticas ou padr�es de assinatura de energia. Vermelho, azul, laranja, etc. s�o os h�lons no QSE; as assinaturas de energia das esp�cies s�o os correlatos no QSD a que estou me referindo nesta taxonomia, mas ainda n�o temos nomes para elas. O mesmo � v�lido para a energia de esp�cie no g�nero T-2, e, de fato, para muitas das assinaturas de energia individuais e coletivas na matriz AQAL.

3 Novamente, como na nota 2, isto significa as assinaturas de energia desses estados de consci�ncia. Nirvikalpa e jnana, aqui, s�o os correlatos no QSE das energias de esp�cies.

4 O que chamamos de "dados involucion�rios"s�o aceitos pela P�s-metaf�sica Integral, j� que � teoricamente imposs�vel p�r de lado todos eles; vide Excerpt "A", postado no site wilber.shambhala.com. O ponto � postular o menor n�mero poss�vel de tais dados "metaf�sicos" visando ao funcionamento de um Kosmos, porque a metaf�sica se esconde de argumentos de validade, e deste modo, est� aberta a - e quase sempre � infectada por - impulsos de poder.

5 As cita��es que se seguem s�o de Theories of the Chakras, pgs. 21, 281, 282.

6 Detalhando um pouco: o beb� ao nascer tem todos os 7 chacras, particularmente em suas formas brutas, mas os chacras est�o largamente adormecidos (especialmente em suas formas mais sutis). Cada chacra cont�m ou transmite um estado de vig�lia, sonho e sono profundo; e cada chacra possui uma correspondente fam�lia de energia bruta, sutil, e causal oscilando atrav�s dele (embora, novamente, os chacras mais elevados estejam relativamente adormecidos, e os g�neros e esp�cies de energias estejam relativamente adormecidos). � medida que ocorre o crescimento e o desenvolvimento, chacras mais elevados sucessivamente s�o acordados; embora, considerando que cada chacra existe numa dimens�o bruta, sutil e causal, essas dimens�es podem, �s vezes, desenvolver-se desigualmente. Muitos adultos, por exemplo, amadurecem para os chacras brutos mas com pequeno despertar dos chacras sutis (Leadbeater, por exemplo, escreveu extensivamente sobre este t�pico). Vide Psicologia Integral para uma discuss�o do desenvolvimento dos "tr�s-dom�nios".

Sempre que um chacra desperta, assume o conte�do do est�gio de desenvolvimento de sua posi��o; e atua como mediador entre os grandes estados de vig�lia, sonho e sono profundo (e suas energias), cujo conte�do est� sendo fornecido pelo est�gio real de desenvolvimento (como vimos com o exemplo dos conte�dos do estado de sonho). Novamente, este � essencialmente o modelo do Vedanta/Vajrayana, apenas sofisticado e dissecado. Vide Sidebar G, "States and Stages" postado no site wilber.shambhala.com, para uma completa discuss�o deste t�pico.

Tradu��o de Ari Raynsford