INVOLU��O E EVOLU��O

Os escritos de Wilber s�o evolucion�rios do in�cio ao fim. A met�fora que melhor encaixa suas id�ias � o modelo da escada (embora nos �ltimos anos ele tenha aperfei�oado suas vis�es tanto que, atualmente, prefere a met�fora do rio).

De acordo com Wilber, a evolu��o tem um componente interior que n�o � facilmente descoberto pela ci�ncia convencional. A ci�ncia estuda as formas exteriores da vida e conclui que a evolu��o � basicamente uma quest�o de complexidade f�sica. Mas a filosofia esot�rica acrescenta uma dimens�o interior: a evolu��o � tamb�m uma quest�o de aumento de profundidade e qualidade. Isso pode ser ilustrado graficamente no diagrama abaixo:

Intui��o          
Mente          
Emo��es          
Vitalidade          
Mat�ria          
  minerais plantas animais humanos m�sticos

Essencialmente todos os princ�pios de desenvolvimento que Wilber descreve podem ser ilustrados por esse diagrama dos reinos da natureza. As plantas transcendem os minerais, assim como os animais transcendem as plantas, os humanos transcendem os animais e os m�sticos transcendem os humanos. Mas as plantas tamb�m incluem os minerais (elas t�m um corpo f�sico), assim como os animais incluem as plantas ("vitalidade"), assim como os humanos incluem os animais (t�m sentimento), e os m�sticos incluem os humanos (t�m senso cr�tico).

N�o h� nada sobre esse diagrama que sugere a id�ia de opress�o ou desvaloriza��o, como aqueles que se op�em � id�ia de desenvolvimento hier�rquico geralmente pensam; � simplesmente a forma que a Natureza funciona.

Na verdade, essa � uma vis�o inspiradora do desenvolvimento da vida e da mente. Entretanto, como a mente PODE reprimir as emo��es, os humanos podem tamb�m abusar dos animais e da natureza em geral. Esse � um infeliz problema que deveria ser evitado a todo custo, embora a compreens�o sobre o mecanismo da evolu��o n�o pode ser abandonada. Em doutrinas menos conhecidas da filosofia de Wilber est� a id�ia da involu��o. Nessa vis�o, est�gios elevados podem ocorrer AP�S est�gios mais b�sicos, mas isso n�o significa que s�o totalmente CAUSADOS por eles. Isto n�o � nada sen�o o materialismo. A filosofia esot�rica afirma que quando a involu��o precede a evolu��o, o movimento inverso do esp�rito para a mat�ria. Sem a involu��o, a evolu��o � um processo inst�vel de novas realidades "emergentes" constantes; com a involu��o, � um processo compreens�vel do grande movimento da Vida.

Na vis�o esot�rica, o Esp�rito se manifesta na mat�ria e agrega todas as camadas de corpos "f�sicos" � isso foi muito bem elaborado no Neoplatonismo -- at� alcan�ar o nadir da exist�ncia no plano material. A partir desse momento, o Esp�rito se move para cima novamente, transcendendo todas as camadas, at� retornar ao seu ponto de partida no Divino. Essa grande vis�o efetivamente contraria a vis�o popular de que n�s perdemos o Esp�rito em algum ponto nos primeiros anos de nossas vidas, quando nos tornamos adultos racionais. Esse romantismo � um exemplo da fal�cia pr�-trans.



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Traduzido por Priscila e Moacyr Castellani
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